Marido de pastora e dono de 80 armas: quem é o bolsonarista preso por matar amante

Atualizado em 18 de março de 2024 às 16:54
O bolsonarista Hélio Leonardo Neto (47) confessou o assassinato de Mônica Matias de Paula (33), sua amante. Foto: Reprodução

Preso por assassinar a amante de forma brutal, Hélio Leonardo Neto (47) é gerente de uma rede de postos de combustíveis em Americana, no interior de São Paulo, e casado com a pastora evangélica de uma igreja local. Ele foi detido pela Polícia Civil após confessar o crime neste domingo (17).

Bolsonarista radical, ele participou do ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 e tem registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador). Ele mantinha um arsenal com 80 armas (pistolas, espingardas e metralhadores) e 16,3 mil munições, que foram apreendidas.

A vítima é Mônica Matias de Paula (33), que trabalhava como garota de programa e mantinha uma relação extraconjugal com o bolsonarista. Ela estava desaparecida desde 4 de março e seu corpo foi encontrado onze dias depois em um estado avançado de decomposição em um matagal na lateral de uma rodovia.

Helio Leonardo Neto participou do ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Foto: Reprodução

Segundo as investigações, ele cometeu o crime após receber ameaças de ter o caso com a amante exposto para sua esposa. O bolsonarista convidou a vítima para sair e a levou para uma área rural em Limeira. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) aponta que Mônica foi espancada e estrangulada por Hélio.

A mulher do criminoso chegou a ser interrogada pela polícia e teve sua participação no crime descartada. Ela relatou que foi informada sobre a relação extraconjugal do marido e disse que chegou a confrontá-lo, mas as informações foram negadas por Hélio.

Hamilton Rodrigues, advogado de Hélio, afirma que seu cliente teria “perdido a cabeça” e não estava conseguindo “enfrentar a pressão psicológica” imposta pela vítima, que queria revelar o caso para a pastora. “Emocionalmente ele não conseguiu mais lidar com essa situação. Ele confessa o crime por conta dessa pressão psicológica e dessas ameaças que ele vinha sofrendo”, diz o defensor.

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