
Na próxima terça-feira (4), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é esperado para ser ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Cid está preso desde o início de maio por suspeita de falsificação em cartões de vacinação contra a Covid-19. Na comissão, Cid falará sobre os indícios, encontrados pela Polícia Federal (PF), de que ele teria tramado um golpe de Estado em mensagens trocadas com outros militares ligados ao ex-presidente.
No celular do militar, a PF encontrou uma minuta golpista e textos que seriam destinados a dar suporte em um eventual golpe de Estado.
Recentemente, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, negou o pedido da defesa de Cid para ele faltar ao depoimento. Com a decisão da magistrada, ele terá que ir a oitiva do colegiado, mas poderá se negar a responder questões que possam incriminá-lo.

No entanto, ele será ouvido na condição de testemunha e, por isso, terá que assinar um termo de compromisso com a verdade. Caso minta em seu depoimento, Cid poderá ser processado por crime de falso testemunho.
A ministra argumentou que sua participação na CPI não é “mera liberalidade”, mas uma “obrigação imposta a todo cidadão”.
Mauro está detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), em Brasília. Recentemente, o ministro Alexandre Moraes, do STF, restringiu as visitas a ele e estabeleceu que apenas sua mulher, seus filhos, seus advogados e seus pais poderiam visitá-lo na prisão.