Membros da ONU ficam horrorizados ao descobrir vala com quase 300 corpos em Gaza

Atualizado em 23 de abril de 2024 às 18:55
Funcionários procurando corpos na Faixa de Gaza. Foto: Divulgação

Um dia após os funcionários da Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciarem a descoberta de quase 300 corpos em uma vala comum no Hospital Nasser, no sul do enclave, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou seu horror com os relatos.

Ele lamentou a destruição das instalações médicas do hospital e também de al-Shifa, o maior complexo médico do território, que foram alvo de incursões israelenses. Além disso, ele comentou sobre os recentes ataques em Gaza que mataram mulheres e crianças.

Ele também pediu “investigações independentes, eficazes e transparentes” sobre o caso e afirmou que investigadores internacionais deveriam participar, dada a atual situação de impunidade.

Segundo o porta-voz do Alto Comissariado, muitas vítimas foram enterradas profundamente no solo e cobertas de entulho, incluindo idosos, mulheres, crianças e jovens. Alguns corpos foram encontrados com sinais de tortura e abusos.

Funcionários regatando corpos na Faixa de Gaza. Foto: Divulgação

As autoridades de Gaza disseram ter recuperado mais 35 corpos nas últimas 24 horas, elevando o total encontrado para 310. Moradores locais relataram à Reuters que as tropas israelenses enterraram os corpos com escavadeiras. O Exército de Israel afirmou que desenterrou alguns corpos e os enterrou novamente para garantir que não havia reféns entre eles.

Um diretor da Defesa Civil de uma cidade palestina mencionou à CNN que alguns corpos tinham sinais de execução, e que não era possível determinar se eles foram enterrados vivos ou mortos. Muitos corpos estavam em decomposição, o que dificultou a identificação.

Os hospitais de Gaza estão sobrecarregados e em situação crítica, com muitos lidando com um grande número de vítimas e sem a capacidade necessária para atender a população de 2,3 milhões de habitantes. Os corpos foram encontrados após a saída dos militares israelenses do hospital, que havia abrigado milhares de palestinos deslocados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia declarado que o Hospital Nasser não estava mais em funcionamento devido à invasão e à falta de recursos essenciais.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link

Siga nossa nova conta no X, clique neste link

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link