Destaques

Membros de grupo de elite dos EUA morrem em operação contra Irã e Houthis

Membro dos SEALs. Foto: reprodução

Dois membros da tropa de elite da Marinha dos Estados Unidos, conhecida como SEALs, desapareceram durante uma operação no Mar Vermelho, desencadeando uma intensa operação de busca e resgate. Os SEALs, grupo matou o terrorista Osama Bin Laden em 2011, estavam envolvidos em uma missão que visava impedir o envio de armas iranianas para o grupo rebelde Houthi no Iêmen, conforme informações de autoridades dos EUA.

Segundo o The Washington Post, a operação, que ocorreu na semana passada próximo à Somália, tinha o objetivo de abordar navios suspeitos em busca de armas destinadas aos houthis. Durante o embarque em um navio no Golfo de Áden em condições marítimas adversas, um dos militares escorregou de uma escada, levando o outro a mergulhar para ajudá-lo. Não está claro se outros membros da equipe conseguiram embarcar com sucesso ou se armas iranianas foram encontradas.

Na segunda-feira (1°), o navio de guerra iraniano “Alborz”, parte da 94ª flotilha da Marinha iraniana, adentrou o Mar Vermelho, em um momento marcado pelo aumento das tensões na rota marítima estratégica.

Operações desse tipo são consideradas entre as mais difíceis e perigosas no meio militar, envolvendo a abordagem de embarcações suspeitas em mares agitados e hostis. As autoridades informaram que as buscas estão em andamento, enfrentando desafios como a água quente da região, ondas fortes e a fadiga dos militares.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que a ação faz parte dos esforços contínuos dos militares estadunidenses para interromper o fluxo de armas do Irã para os houthis no Iêmen. Ele destacou a distinção entre essa operação e os ataques aéreos liderados pelos EUA contra os houthis.

O destróier iraniano Alborz. (Foto: Reprodução)

O desaparecimento dos SEALs destaca os desafios enfrentados pelos EUA e seus aliados ao responsabilizar os houthis e o Irã por ataques a embarcações no Mar Vermelho. Autoridades dos Estados Unidos culpam Teerã por “ajudar e incentivar” a crise na região, alegando que os houthis não teriam capacidade de ameaçar a rota marítima sem o apoio do Irã.

Os ataques aéreos recentes no Iêmen, realizados por EUA e Reino Unido, visaram instalações houthi, mas o Pentágono destaca que o grupo continua representando uma ameaça. O governo Biden não descarta futuras ações militares, mas busca evitar uma escalada da violência na região.

Antes das recentes tensões, a presença militar dos EUA na região já visava conter a pirataria e o tráfico de armas, em colaboração com outros países. O desaparecimento dos SEALs destaca os riscos associados a essas operações delicadas em um ambiente geopolítico volátil.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link
Augusto de Sousa

Disqus Comments Loading...
Share
Published by
Augusto de Sousa

Recent Posts

Mulheres que moram em McDonald’s no Rio já foram rés por difamação e agressão

Bruna Muratori, de 31 anos, e sua mãe, Susane Muratori, de 64, têm sido destaque…

6 horas ago

O chá da tarde dos pensadores liberais em meio à tragédia. Por Moisés Mendes

O Estadão manteve na capa da versão online, durante toda a quarta-feira, esta chamada para…

7 horas ago

Múcio admite possibilidade de GLO no RS, mas impõe condição; saiba qual

Em declarações recentes, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, destacou a viabilidade da utilização…

7 horas ago

PT vai ao STF para pedir inelegibilidade de Ricardo Nunes, diz Boulos

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), declarou nesta quinta-feira (9) que…

8 horas ago

Produtores do RS dizem que “não há motivo para alerta com arroz”

A recente inundação no Rio Grande do Sul levantou preocupações sobre a disponibilidade de arroz…

9 horas ago

Água do Guaíba começa chegar às cidades do sul do RS

A água que saiu do Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, começou a chegar…

9 horas ago