O mercado financeiro tem revisado as projeções de crescimento da economia brasileira positivamente. Atualmente, as estimativas giram em torno de 1,6%, segundo a mediana do Boletim Focus, do Banco Central, mas diversas instituições já começaram a fazer uma projeção melhor.
A expectativa é que as projeções se aproximem das estimativas do Ministério da Fazenda, que prevê uma alta de 2,2% do PIB (Produto Interno Bruto). O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, avalia que as revisões podem apontar números mais altos após os resultados do quarto trimestre de 2023, que será divulgado no próximo mês.
Casas de investimentos e bancos começaram a revisar as projeções para cima na última semana. Na avaliação do banco de investimentos UBS BB, a taxa deve subir para 2%. A expectativa inicial era de 1,4%.
A JF Trust alterou a projeção de 1,87% para 2,04%, enquanto a AZ Quest foi de de 1,6% para 1,8%, com um viés de alta. A MB Associados, que mantém uma expectativa de 1,7%, avalia que a taxa deve ficar maior após revisão, indo para cerca de 2%. O mesmo ocorre com o BTG e com o Itaú Unibanco.
Apesar das mudanças positivas, algumas instituições já tinham previsões altas para o PIB. O G5 Partners já projetava uma taxa de 2,1% neste ano, previsão maior do que a mediana do mercado, e avalia que, com o resultado do quarto trimestre, o número deve ter um acréscimo de mais 0,1%.
A divulgação do PIB do quarto trimestre de 2023 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve gerar ainda mais revisões entre bancos e consultorias. O dado vai mostrar como a economia brasileira estava no fim do ano passado e servir de parâmetro para o “carregamento estatístico”: a influência do PIB em 2023 sobre o PIB de 2024.