Michel Gherman e outros “sionistas de esquerda” associam Padre Júlio ao Hamas

Atualizado em 7 de novembro de 2023 às 14:47
Padre Julio Lancellotti em ato pró-Palestina na Paulista ao lado de Rodrigo Jalloul (dir.) e Thiago Ávila. Foto: reprodução

No último domingo (5), o padre Júlio Lancellotti se juntou a centenas de manifestantes na Avenida Paulista, para pedir o fim do genocídio que Israel está cometendo contra a população palestina de Gaza. A presença do líder religioso incomodou grupos sionistas, como o Coletivo Judias e Judeus Sionistas de Esquerda e o Partido Meretz Brasil.

Em nota, os grupos associaram a presença do padre no evento às “bandeiras do Hamas e também imagens da estrela de Davi com uma cruz suástica dentro”. Pedem que “Lancellotti se manifeste e denuncie o terrorismo do Hamas, reconheça o direito de Israel a existir em paz e segurança e condene o antissemitismo galopante em todo mundo, sobretudo no Brasil”.

O comunicado carrega a assinatura de, entre outros, Michel Gherman, professor de sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que, recentemente, abandonou um debate na PUC-RJ após ser questionado por alunos supostamente de “direita”. Gherman se levantou e saiu andando. Depois inventou que “olhou o fascismo nos olhos”.  

Veja a nota dos “sionistas de esquerda”: 

Comunicado sionista contra o padre Julio Lancellotti. Foto: reprodução

Em resposta enviada ao DCM, o padre Júlio Lancellotti afirmou que pede “a libertação dos reféns, ajuda humanitária e cessar-fogo, nenhuma coisa diferente disso”. Sobre a associação dele aos símbolos considerados antissemitas, Lancellotti explicou que não estava com a bandeira do Hamas, tampouco com os cartazes que exibiam a estrela de Davi. “Isso é visão deturpada e viciada dos sionistas. Se fossem de esquerda, não teriam uma visão tão deturpada quanto estão tendo”, afirmou.

Por fim, o líder religioso defendeu a humanização das vítimas do bombardeio israelense em Gaza: “O povo palestino não é o Hamas. O Hamas é um grupo terrorista e não é o povo palestino. As crianças que morreram na Palestina não são terroristas, nem os médicos, nem os enfermeiros. Assim como as crianças israelenses, não são imperialistas e também precisam ser defendidas. Criança é criança”.

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