Militares do GSI responsabilizam PM pela chegada dos golpistas ao Planalto em 8 de janeiro

Atualizado em 26 de abril de 2023 às 7:15
Bolsonaristas invadem o Congresso, em 8 de janeiro – Foto: Reprodução

Militares que integravam o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no dia 8 de janeiro apontaram, em depoimento à Polícia Federal (PF), falhas da Polícia Militar do Distrito Federal ao deixar que simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegassem ao prédio do Palácio do Planalto. A informação é do jornal O Globo.

Os militares afirmaram que a instalação conta com o chamado Plano Escudo, um protocolo de segurança que prevê que a PM cuide das áreas externas do palácio. A ideia é bloquear ao máximo a passagem de manifestantes em áreas pré-determinadas antes da ação da GSI.

De acordo com o general Carlos Feitosa Rodrigues, esse protocolo estipula que “a PM possui papel relevante nas contenções, realizando bloqueio prévio nas avenidas e gramado que dão acesso ao Palácio do Planalto, chamadas de linhas branca e verde”.

Imagens mostram baixo efetivo da PM na frente do Palácio do Planalto durante invasão golpista – Foto: Reprodução

“O plano escudo pressupõe o prévio bloqueio e não é especificamente um plano de retomada, e sim um plano para impedir invasões ao Palácio do Planalto”, afirmou Feitosa sobre o protocolo. Ele é um dos nove militares que prestaram depoimento à PF após aparecerem em imagens do circuito interno de segurança do palácio.

As imagens das câmeras de segurança divulgadas na íntegra mostraram um baixo efetivo da PM nos arredores do prédio no momento da invasão dos apoiadores do ex-capitão. Os militares, no entanto, afirmaram que o GSI foi surpreendido pelo tamanho e pela violência dos atos terroristas.

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