Ministro da Defesa abraçou o golpe, avaliam deputados

Atualizado em 11 de junho de 2022 às 14:03
A imagem do comandante do Exército e Bolsonaro
Jair Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército — Marcos Corrêa/PR/Divulgação

Deputados federais de diversos partidos, a maioria aliada ao presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, abraçou o golpe tão defendido por bolsonaristas e tenta usar o poder por trás das Forças Armadas para minar a democracia.

O DCM ouviu pelo menos três deputados de partidos diferentes que apresentaram a mesma versão dos fatos. eles informaram que o ministro participou nos últimos meses de diversos encontros com o presidente e foi contaminado pelo discurso golpista de fraude eleitoral e de que há um risco do tal fantasma do comunismo assumir o poder no Brasil.

“Ele tem dito os mesmos discursos do Bolsonaro, parece até papagaio”, comentou um deputado do União Brasil. Para ele, Paulo Sério vai tentar usar as Forças Armadas para amedrontar o poder judiciário e, principalmente, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), exigindo que haja auditoria das urnas eletrônicas, com a participação dos militares.

Muitos parlamentares, de oposição e até de situação, mas que são contrários ao golpe, têm falado com os chefes do Exército, Aeronáutica e Marinha e a resposta é sempre a mesma: as Forças Armadas não vão apoiar uma aventura golpista. Isso tem causado alívio na classe política, mesmo assim todos consideram que é fundamental ficar de olho porque Paulo Sérgio tem influência relativamente alta.

Membros do Centrão já procuraram o STF para amarrar um acordo em que livraria Bolsonaro da prisão imediatamente após o fim do mandato, no caso dele não tentar um golpe de Estado. As conversas são embrionárias, mas podem avançar, como mostrou o DCM com exclusividade.

Neste momento, todas as forças políticas estão conversando constantemente com membros das Forças Armadas e a tendência é que, numa tentativa de golpe, o bolsonarismo fique sozinho e acabe derrotado sem grande esforço. Mas a adesão do ministro da Defesa já chamou a atenção da classe política.

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