Ministro Floriano Azevedo vota contra Bolsonaro no TSE; placar está 2 a 1

Atualizado em 29 de junho de 2023 às 12:33
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Floriano de Azevedo Marques. Foto: Reprodução

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Floriano de Azevedo Marques votou a favor da inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Com o voto do magistrado, o placar na corte está em dois a um contra o ex-presidente e faltam os votos de quatro ministros.

Segundo o ministro do TSE, Bolsonaro “mobilizou todo o poder de presidente para emular sua estratégia eleitoral em benefício próprio, agindo de forma anormal, imoral e sobremaneira grave”. Ele ainda considerou válida a inclusão da “minuta do golpe” no processo e disse que a reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, quando Bolsonaro fez ataques ao sistema eleitoral, “se aproximou muito de um discurso de comício em praça do interior”.

“Concluo ter o primeiro investigado agido com responsabilidade direta e pessoal, assumindo os riscos da conduta por ocasião do evento reunião com embaixadores em 18/07/2022, em claro abuso do poder político, desvio de finalidade no exercício de suas competências e ainda uso indevido dos meios de comunicação social oficiais em benefício da própria candidatura à reeleição para o cargo de Presidente da República”, avalia o magistrado.

Ele, no entanto, votou contra a condenação de Walter Braga Netto, vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022. Segundo Floriano de Azevedo Marques, não há indícios ou provas de que ele tenha participado da reunião com embaixadores.

O ministro foi o terceiro a votar. O primeiro voto pela condenação de Bolsonaro foi dado na última terça (27), pelo relator da ação, Benedito Gonçalves. O único voto contrário até o momento é o de Raul Araújo. O próximo magistrado a votar é André Ramos Tavares.

O TSE retomou o julgamento nesta quinta (29) para o terceiro dia de sessões. Na sessão de terça, a análise do caso foi suspensa após o voto do relator. Na semana passada, no primeiro dia, as partes do processo se manifestaram: a defesa de Bolsonaro, o Ministério Público Eleitoral (MPE) e o PDT, autor da ação.

Veja o julgamento ao vivo:

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