Míriam Leitão reagiu como Bolsonaro à merecida carraspana moral que Jean Wyllys lhe aplicou

Atualizado em 22 de maio de 2019 às 17:08
Miriam Leitão, Moro e Vladimir Netto: tudo em família

Míriam Leitão acusou o golpe.

Escreveu uma coluna dizendo que “o presidente Jair Bolsonaro não sabe governar” e “é essa a razão da sua performance tão errática nestes quase cinco meses”.

Jean Wyllys apontou o óbvio: “Onde você estava nos quase 30 anos de nulidade de Bolsonaro no parlamento brasileiro?”

Míriam bolsonarizou.

“Deixa de ser bobo e mal informado. Vai ler minhas colunas antes de falar. Pessoa pública fala com mais seriedade”, atacou.

Jean está corretíssimo.

Míriam passou três décadas vizinha aos Bolsonaros e nunca deu um pio.

Sua obsessão, atendendo aos empregadores, era o “lulodilmismo”, o petismo, qualquer traque dos governos petistas.

Fez carreira assim.

Quando pôde confrontar Bolsonaro numa sabatina na GloboNews, ouviu-o calada defender torturadores, tendo sido ela vítima de sevícias nos anos 70.

Ao final do programa, leu, bovinamente, o famoso editorial dos Marinhos fazendo o mea culpa por ter apoiado a ditadura.

Agora é fácil bater em Bolsonaro.

Bolsonaro deve seu sucesso, em parte, a Míriam e seus colegas com suas perorações demagógicas nos últimos anos, demonizando pessoas e ideias.

Cadê a autocrítica tão cobrada?

Sintomaticamente, Sergio Moro é poupado por ela.

Vale lembrar que o ex-juiz, atual ministro da Justiça, foi biografado pelo filho de Míriam, Vladimir Netto, repórter da emissora.

Isso é uma aberração em qualquer lugar do mundo, menos no Brasil.

Hora dessas Míriam começa a criticar Moro.

Mas só quando ele estiver no chão e os Marinhos tiverem dado o ok.