Míriam Leitão acusou o golpe.
Escreveu uma coluna dizendo que “o presidente Jair Bolsonaro não sabe governar” e “é essa a razão da sua performance tão errática nestes quase cinco meses”.
Jean Wyllys apontou o óbvio: “Onde você estava nos quase 30 anos de nulidade de Bolsonaro no parlamento brasileiro?”
Míriam bolsonarizou.
“Deixa de ser bobo e mal informado. Vai ler minhas colunas antes de falar. Pessoa pública fala com mais seriedade”, atacou.
Jean está corretíssimo.
Míriam passou três décadas vizinha aos Bolsonaros e nunca deu um pio.
Sua obsessão, atendendo aos empregadores, era o “lulodilmismo”, o petismo, qualquer traque dos governos petistas.
Fez carreira assim.
Quando pôde confrontar Bolsonaro numa sabatina na GloboNews, ouviu-o calada defender torturadores, tendo sido ela vítima de sevícias nos anos 70.
Ao final do programa, leu, bovinamente, o famoso editorial dos Marinhos fazendo o mea culpa por ter apoiado a ditadura.
Agora é fácil bater em Bolsonaro.
Bolsonaro deve seu sucesso, em parte, a Míriam e seus colegas com suas perorações demagógicas nos últimos anos, demonizando pessoas e ideias.
Cadê a autocrítica tão cobrada?
Sintomaticamente, Sergio Moro é poupado por ela.
Vale lembrar que o ex-juiz, atual ministro da Justiça, foi biografado pelo filho de Míriam, Vladimir Netto, repórter da emissora.
Isso é uma aberração em qualquer lugar do mundo, menos no Brasil.
Hora dessas Míriam começa a criticar Moro.
Mas só quando ele estiver no chão e os Marinhos tiverem dado o ok.
Jura que com toda sua experiência você só chegou a essa conclusão agora, Miriam? Onde você estava nos quase 30 anos de nulidade de Bolsonaro no parlamento brasileiro? Po favor, reconheça seu erro em ter pavimentado o caminho dele até a presidência. Melhor. Mais honesto. Sigamos!
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) May 22, 2019
Deixa de ser bobo @jeanwyllys_real e mal informado. Vai ler minhas colunas antes de falar. Pessoa pública fala com mais seriedade
— Míriam Leitao.com (@MiriamLeitaoCom) May 22, 2019