Moraes diz que “ideologia de extrema direita” está crescendo na América Latina

Atualizado em 16 de agosto de 2023 às 17:48
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. Foto: Mateus Mello

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira (16) que a “ideologia de extrema direita” está crescendo em todo o mundo, principalmente na América Latina. A declaração ocorreu durante conferência da Corte Eleitoral sobre “Democracia Defensiva”.

“O que nós estamos vendo já há pouco mais de uma década no mundo todo é um aumento dos ataques à democracia, com estratégias diversas do que ocorreu na década de 60, principalmente na América Latina”, disse. “Estamos vendo um crescimento de um populismo baseado na ideologia de extrema direita. Mas um populismo que, de forma, eu diria, inteligente, passou a atacar a democracia internamente”, completou Moraes.

Segundo o ministro, existe uma atuação de “milícias digitais” que divulgam desinformação sobre as instituições democráticas. Moraes é relator de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a atuação de uma suposta milícia digital.

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes durante conferência “Democracia defensiva”. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

“É um populismo que verificou a incapacidade de um ataque externo à democracia, no sentido de romper formalmente com os ideais democráticos, e fez toda uma reconstrução, a partir da utilização basicamente das redes sociais, de milícias digitais, uma reconstrução estratégia para, com a desinformação, atacar as instituições democráticas e os mecanismos democráticos, por dentro, o que é extremamente perigoso”, disse.

Moraes ainda afirmou que foi feita uma “lavagem cerebral” para desacreditar a democracia. “A partir de toda uma construção feita com base em premissas falsas, a partir de uma forte construção nas redes sociais, houve uma verdadeira lavagem cerebral em grande parte da população para desacreditar instituições, para desacreditar a democracia”, declarou.

Para o presidente do TSE, as instituições precisam reagir a esse crescimento de modo a combatê-lo.

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