O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na última quarta-feira (5) prorrogar o inquérito que investiga a atuação de supostas milícias digitais antidemocráticas, por 90 dias. Moraes é relator do caso e deu prazo extra para as investigações sobre uma suposta milícia digital que teria atuado contra a democracia e o Estado democrático de direito.
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (6 de janeiro de 2022), o presente inquérito.”, escreveu o ministro no despacho publicado na última sexta-feira (7).
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Bolsonaristas são investigados em inquérito que apura atuação de supostas milícias digitais antidemocráticas
A Polícia Federal é responsável pela investigação. Foi por meio deste inquérito que a PF intimou o bolsonarista Olavo de Carvalho a prestar depoimento, mas ele não compareceu. A defesa alegou que ele estava com problemas de saúde e não poderia ser interrogado.
O inquérito das milícias digitais foi aberto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, depois da PF colher provas sobre a articulação de grupos bolsonaristas nas redes sociais com ataques às instituições democráticas. Também por meio desta investigação, o ex-deputado federal Roberto Jefferson foi preso em agosto de 2021. Allam dos santos, o blogueiro bolsonarista, está foragido nos Estados Unidos e também é alvo deste mesmo inquérito.