Moraes prorroga inquérito que investiga Bolsonaro como incitador do 8/1

Atualizado em 5 de fevereiro de 2024 às 17:08
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foto: Foto: Antonio Augusto/TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 180 dias o inquérito que apura quem são os mentores intelectuais e instigadores do ataque terrorista de 8 de janeiro em Brasília. O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos principais alvos da investigação.

A decisão que prorroga o inquérito foi assinada na última sexta (2) e divulgada nesta sexta (5). O magistrado argumenta que existe “a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes”.

Bolsonaro se tornou alvo do inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), por publicar um vídeo golpista dois dias depois do ataque com fake news sobre o processo eleitoral. O órgão alegou que é preciso avaliar a conduta do ex-presidente antes e depois do episódio para comprovar sua incitação ao atentado.

Na ocasião, Bolsonaro compartilhou o vídeo de um homem identificado como Dr. Felipe Gimenez que com ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Na gravação, ele dizia que “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”.

Post golpista feito por Jair Bolsonaro dois dias após os ataques de 8/1. Foto: Reprodução

À Polícia Federal, Bolsonaro argumentou que o conteúdo foi publicado por engano no Facebook e que ele tentava enviar o link do vídeo ao seu WhatsApp para assistir posteriormente. Ele também alegou que estava “sob efeito de remédio” na ocasião.

Após meses imbróglio com a Meta, empresa que administra o Facebook, que disse ao Supremo não ter o post registrado em seus servidores, uma plataforma independente conseguiu recuperar a postagem e enviá-la para ser usada como prova no inquérito.

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