Moraes zomba de bolsonaristas que acreditaram em sua prisão: ‘Agradeceram aos céus’

Atualizado em 13 de março de 2023 às 13:48
Ministro Alexandre de Moraes
Foto: Reprodução

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ironizou os bolsonaristas que acreditaram na fake news de que ele havia sido preso após as eleições do ano passado, que definiram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente e consequentemente a derrota de Jair Bolsonaro (PL).

“O que se ataca é o instrumento, porque pega mal atacar a democracia. É mais fácil convencer as pessoas com essa notícia fraudulenta do instrumento. ‘Ah, vamos prender o ministro Alexandre de Moraes’. Teve até gente comemorando, né? Ajoelhada, agradecendo aos céus. É um negócio impressionante. Tem gente que ainda acredita nisso. Gente de todo tipo, de todas as faixas econômicas e culturais”, disse o magistrado.

Depois do segundo turno das eleições, um grupo de apoiadores de Bolsonaro vibrou com a falsa notícia de que o magistrado havia sido preso. Na ocasião, um homem não identificado leu um falso documento com o pedido de prisão de Moraes. Após a fala, foram ouvidos gritos de comemoração e fogos de artifício.

Veja o vídeo:

Nesta segunda-feira (13), Moraes participou de um seminário sobre “Liberdade de Expressão, Redes Sociais e Democracia”, promovido pela Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. Ele falou sobre fake news e a “exploração indevida das redes sociais”, além de defender a regulação das plataformas digitais.

“Não é autoregulável, muito menos passageiro. É perigosíssimo se nós deixarmos de analisar causas, efeitas e seus reflexos (…). Não é possível tratarmos as redes sociais como terra de ninguém. Nós acharmos que é um meta verso e que lá você pode praticar tudo que na vida real você não pode. A regra, a meu ver, é muito simples. (…) O que você não pode fazer na vida real, você não pode fazer escondido, covardemente, nas redes sociais. É simples isso. Agora, como responsabilizar, ir atrás do anonimato, essa é uma outra questão”, afirmou o ministro.

“A lei vale para real e para o virtual. A Constituição veda o anonimato no real e no virtual. Por que eu posso ficar me escondendo atrás de robozinho no virtual para ofender e ameaçar as pessoas? Por que posso criar gabinetes de ódio para ferir a democracia no virtual? No real, eu não faço, porque não tenho coragem, porque a legislação está de olho”, declarou.

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