Moro se reúne com arcebispo de SP que defendia farinata para pobres

Atualizado em 29 de janeiro de 2022 às 8:33
Moro ao lado do arcebispo que defendeu a farinata
Moro ao lado do arcebispo que defendeu a farinata

Sergio Moro postou neste sábado (29) uma foto ao lado do cardeal Dom Odilo Scherer. Em 2017, o arcebispo esteve ao lado de João Doria para defender a farinata aos moradores de rua. Na ocasião, a prefeitura de São Paulo foi muito criticada por conta do tema.

Na postagem, o ex-ministro de Bolsonaro falou sobre “preocupações” com o “aumento da fome”. E demonstrou interesse em ter o arcebispo ao seu lado durante sua pré-campanha eleitoral. Atualmente, Moro é terceiro colocado nas pesquisas, enquanto Lula lidera com chances reais de vencer no primeiro turno.

“Boa conversa com o arcebispo de SP, cardeal Dom Odilo Scherer,sobre as preocupações da Igreja com o social, especialmente o aumento da fome. Falei sobre a proposta de criar uma Força Tarefa para erradicação da pobreza e da importância de manter programas de transferência de renda”, escreveu o ex-amigo do presidente Bolsonaro.

Leia mais:

1 – Frase de Paulo Guedes sobre professores irrita aliados de Bolsonaro: “Joga contra”

2 – Alunos vão ter que apresentar comprovante de vacinação em escolas, diz Governo de SP

3 – Deputado Filipe Barros vazou investigação sigilosa para Bolsonaro, diz PF

Moro ao lado de arcebispo que apoiou farinata de João Doria

Em outubro de 2017, Doria fez uma coletiva de imprensa para apresentar a farinata. O alimento era uma espécie de farinha composta por alimentos próximos de sua data de validade ou que não seguem os padrões de comercialização. O produto seria entregue aos moradores de rua, famílias carentes e alunos das escolas municipais de SP.

Na ocasião, especialistas criticaram a ação do então prefeito porque o produto não era nutritivo. Não por acaso o alimento passou a ser chamado de “ração humana”. Só que Odilo resolveu sair em defesa de Doria.

“Pobre tem fome. Hábito alimentar é para quem tem disponibilidade de alimento e quem pode se dar ao luxo de ter uma alimentação regular, refeições regulares, alimentos selecionados. O pobre não tem isso (…). Quem se arrasta no chão por fome, eu vou deixar de atender a fome dele porque ele não está podendo sentar numa mesa bem posta?”, declarou na época.

“A necessidade é socorrer primeiramente a fome do pobre. Pobre não tem hábito alimentar, pobre tem fome”, completou. Por conta da pressão, a prefeitura de SP voltou atrás e encerrou o projeto da farinata.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link