Em 2018, Moro defendeu Bolsonaro no caso das rachadinhas

Moro contraditório

Atualizado em 30 de janeiro de 2022 às 7:34
A imagem de Moro e Bolsonaro
Sérgio Moro X Jair Bolsonaro /Foto: Agência Brasil

Sergio Moro (Podemos) desafiou Jair Bolsonaro (PL) a mostrar seus rendimentos em live na sexta (28). O ex-juiz da Lava Jato teve atitude bem diferente da que mantinha quando era ministro e aliado do presidente.

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O que Moro falava lá atrás?

Na transmissão, o presidenciável do Podemos cobrou de Bolsonaro explicações sobre as acusações de rachadinha, a compra de uma mansão por seu filho Flávio e o depósito de cheques do ex-assessor Fabrício Queiroz para a primeira-dama, Michelle.

A Coluna Painel da Folha de S.Paulo lembra que, em dezembro de 2018, quando o caso Queiroz veio à tona, o ex-juiz, já nomeado ministro da Justiça, disse que “sobre o relatório do Coaf sobre movimentação financeira atípica do senhor Queiroz, o senhor presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe no episódio.”

“O restante dos fatos deve ser esclarecido pelas demais pessoas envolvidas, especialmente pelo ex-assessor, ou por apuração”, completou o então ministro.

O ex-juiz, portanto, não era tão combativo quanto hoje. Era obediente ao presidente. Ele embolsou a bagatela de R$ 3,5 milhões por conta do contrato de consultoria que prestou para a Alvarez & Marsal.

A empresa pagou 656 mil dólares para que ele atuasse como consultor. Vale lembrar que a Alvarez & Marsal recebeu a maior parte de seus rendimentos com contratos feitos com empresas ligadas à Lava Jato. Nos cálculos do dólar hoje, seriam R$ 3,53 milhões.

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