
No último dia 17, Sergio Moro anunciou nas redes sociais o lançamento da pré-candidatura de Catarina Rochamonte a deputada federal.
“Estou aqui falando do exterior. Não pude estar por isso em Fortaleza”, diz ele, naquele grasnar característico.
“Mas hoje é um dia de júbilo. Catarina é doutora em filosofia, uma pessoa estudada e é esse tipo de gente que queremos no Podemos”.
Ele reforça que Catarina “escreve semanalmente na Folha de S.Paulo” e que “vocês têm que ler”.
Moro sempre contou com uma parceria profícua com a mídia. O conluio de jornalistas com a Lava Jato resultou no capítulo mais vergonhoso dos últimos 50 anos da imprensa brasileira.
Agora ele tem uma porta-voz oficial na Folha.
Em seu artigo mais recente, chamado “Lula e o manto da impunidade”, ela faz uma acusação grave — e sem provas. Segundo Catarina, no jantar de Lula e Alckmin, organizado pelo grupo Prerrogativas, a “lista de convidados confunde-se com a lista do departamento de propina da Odebrecht”.
https://twitter.com/CRochamonte/status/1472021673759195137
O anterior era intitulado “Ciro e Lula: isso sim é corrupção” (Ciro Gomes é outro dos alvos de Catarina, que é do Ceará).
Em 14 de novembro, saudou seu ídolo no texto “O impacto Sergio Moro”, garantindo que o ex-ministro de Bolsonaro “apresentou um belo esboço de projeto para o Brasil”.
Já atacou o “bolsopetismo” e os “cães de guarda de Lula”.
Catarina é jovem e tem um currículo vistoso e oco como o tronco de uma sibipiruna.
Define-se como “professora, escritora, articulista, polemista, filósofa, poetisa, cristã”. Nem Shakespeare era tudo isso.
O blábláblá anticorrupção não inclui a família dona do Podemos, envolvida em desvio de recursos do fundo partidário.
O que ela sempre fez, na verdade, é campanha, usando o jornal paulista como palanque. Seguirá fazendo. A grande vítima é o leitor da Folha, tratado eternamente como trouxa.
https://www.youtube.com/watch?v=OwFMacZ0HJs
