Sergio Moro tem uma média de 10% das intenções de votos, segundo pesquisas eleitorais. João Doria não consegue passar dos 5%. Mesmo com essa distância, o ex-juiz está preocupado com o governador de SP. Isto porque ele sentiu que tem menos força do que acreditava ter.
Conforme apurou o DCM, os levantamentos recentes mostram que o pré-candidato do Podemos está longe de alcançar o segundo turno. Além disso, sua dicção e postura em entrevistas não empolgam. Apenas fala sobre combate à corrupção de forma rasa e sem profundidade.
As negociações com partidos esfriaram. Se antes o União Brasil e parte do MDB queriam fechar com ele, agora há muitas dúvidas. A fusão de PSL e DEM deve fazer parte da chapa de Doria. Já o partido de Simone Tebet vive uma guerra interna. Importantes lideranças querem apoiar Lula, ou seja, a agremiação deve indicar independência.
Além disso, profissionais – principalmente marqueteiros – não querem trabalhar para Moro. Isso obrigará o ex-juiz a apostar em pessoas sem experiência, o que pode lhe custar caro. Já Doria terá uma equipe com um currículo mais bem sucedido e isso pode ser uma vantagem.
Leia também
1 – Em busca de protagonismo, lideranças do MDB querem apoiar Lula em 2022
2 – União Brasil pressiona Mamãe Falei para desistir de candidatura
3 – Líderes evangélicos preparam abandono a Bolsonaro para apoiar Lula
Moro teme Doria
Para pessoas próximas, o ex-ministro não esconde sua preocupação com Doria. Ele relatou que o governador é mais articulado. Além de ter melhor comunicação. Outro ponto é que o empresário tem a máquina do estado de São Paulo na mão, o que facilita nas negociações com partidos.
Mesmo que esteja bem na pesquisa, Moro teme que Doria siga sendo candidato e divida ainda mais a terceira via. Fora que ele já percebeu que o ex-presidente Lula é o grande favorito para vencer as eleições no primeiro turno.