Sem querer, o pré-candidato à presidência Sergio Moro (Podemos) fez propaganda para outro pré-candidato, o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT). Nesta quarta-feira (23), o ex-juiz publicou em suas redes sociais uma foto em que segura uma camiseta com o número 12. É o número do partido de Ciro.
Moro recebeu o presente de grego em um encontro com empresários na cidade de Wabern, na Alemanha. A camisa é do pequeno time de futebol do município, o TSV Wabern. Segundo o ex-ministro de Bolsonaro, o 12 é o “número dos torcedores” da equipe.
“Obrigado por entregar a camisa do TSV Wabern com o número 12. Eu sei que esse número é dos torcedores e muitas vezes não é dado. Eu estou honrado”, diz o presidenciável, em alemão, em publicação no Twitter.
Confira abaixo:
Vielen Dank für die Überreichung des Trikots des TSV Wabern (@waberninternational) mit der Nummer 12. Ich weiß, dass diese Nummer den Fans gehört und oftmals nicht vergeben wird. Ich fühle mich geehrt. pic.twitter.com/DaWox0Voqt
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 23, 2022
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Ciro detonou viagem de Moro à Alemanha: “Anônima e infrutífera”
O pedetista criticou nesta terça-feira (23) a viagem de Moro à Alemanha. No Twitter, Ciro disse que a agenda de Moro no país é “cascateira, desprestigiada, anônima e infrutífera”.
Ciro também citou o episódio envolvendo o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que defendeu a descriminalização do nazismo na Alemanha. O membro do MBL (Movimento Brasil Livre) é aliado de Moro em sua campanha.
Ciro lembrou a declaração, em que o ex-juiz afirmou que Kim cometeu uma “gafe verbal”. “Será que Moro terá coragem de repetir, lá na Alemanha, que Kataguiri cometeu apenas uma “gafe verbal” ao defender esta monstruosidade?”, questionou.
Moro imita Lula e realiza viagem à Alemanha
O ex-juiz divulgou no domingo (20) sua agenda internacional, com a viagem que fez à Alemanha no dia seguinte. O objetivo da visita ao país europeu seria participar de discussões que envolvem sua candidatura e conversar com políticos e representantes empresariais.
A estratégia do presidenciável neste ano eleitoral é uma clara imitação das viagens que o ex-presidente Lula (PT) tem feito. A visita à Europa deve durar cinco dias e terá a participação de presidentes dos partidos Partido Verde e Partido Democrático Liberal (FDP).