O ex-juiz da Lava Jato e pré-candidato à presidência da República, Sergio Moro (Podemos), gravou um vídeo para reclamar do fato de seu aliado Deltan Dallagnol (Podemos), ex-procurador, ter que pagar indenização de R$ 75 mil ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Moro está na Alemanha, disse que foi se encontrar com líderes parlamentares, e também comentou o caso do áudio vazado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre pastores lobistas. Assista ao vídeo de Moro abaixo.
“A gente tem visto fatos assustadores. O país está doente, gente. Ontem, o STJ condenou Deltan Dallagnol a pagar danos morais para o Lula. No governo do Lula nós tivemos aqueles escândalos de corrupção na Petrobras, mais de R$ 6 bilhões roubados e agora o procurador que se sacrificou, que se dedicou, pra combater aquela roubalheira e colocar os criminosos na cadeia sendo condenado a pagar danos morais”, disse Sergio Moro. “Isso é um absurdo, isso é o país virado do avesso, isso é querer transformar o certo em errado e o errado em certo. Nós não vamos deixar o Brasil virar uma terra sem lei e em um país de bandido”, completou.
Deltan Dallagnol, que agora é pré-candidato a deputado federal, atuou na força tarefa da Lava Jato e foi peça-chave para a injusta prisão de Lula. Ele foi condenado a pagar indenização por danos morais ao petista pelo powerpoint no qual apresentava o ex-presidente como líder de um esquema de corrupção, mas sem mostrar nenhuma prova. A decisão foi da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça.
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Moro também falou do caso dos pastores
O ex-juiz suspeito e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro também comentou o escândalo dos pastores lobistas do Ministério da Educação. “Dinheiro de prefeitura é pra educação. Aliás, o Ministério da Educação até hoje não tem um plano de recuperação das aulas perdidas na pandemia e agora vem essa história de propina”, comentou Sergio Moro.
“Isso tem que ser investigado pela Polícia Federal e pela PGR com rigor. Não podemos deixar que nosso país seja transformado em uma terra de bandido”, completou o ex-juiz suspeito, que teve várias de suas decisões anuladas pela Justiça.