Moro vai usar ameaça do PCC como defesa contra cassação; entenda

Atualizado em 15 de dezembro de 2023 às 13:40
Sergio Moro com expressão de decepção
O senador Sergio Moro (União-PR). Foto: Agência Brasil

Os advogados do senador Sergio Moro (União-PR) pretendem usar o plano de atentado do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra ele em sua defesa no Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-PR). O objetivo do parlamentar é mostrar que os gastos abusivos apontados pela Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná durante sua pré-campanha não têm vínculo com a disputa. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

A procuradoria entende que ele gastou ao menos R$ 2 milhões a mais do que deveria e pediu a cassação de seu mandato por abuso de poder econômico. Seus advogados pretendem alegar que a principal despesa de Moro na pré-campanha foi com segurança.

No documento preparado pela defesa do senador, os advogados vão apresentar as ameaças feitas pela facção criminosa ao senador para argumentar que o gasto não pode ser considerado na pré-campanha. Moro ainda quer questionar os valores aplicados em monitoramento de redes, um dos gastos abusivos apontados pela procuradoria.

De acordo com a defesa do ex-juiz, o monitoramento também era realizado para o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, que era pré-candidato à Presidência da República. A tese dos advogados é que os custos relacionados a Bivar seriam mais elevados.

A facção Primeiro Comando da Capital (PCC) planejou atentado contra Moro. Foto: Reprodução

A fase de apresentação de documentos no processo foi encerrada e Moro pretende levar esses argumentos aos desembargadores do caso por meio de um memorando. O julgamento do caso ocorre em janeiro.

Moro é acusado pelo PT e pelo PL de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, quando disputou o Senado Federal pelo União Brasil no Paraná. Segundo as siglas, ele teve vantagem na disputa por também ter contado com as verbas do Podemos, partido pelo qual foi pré-candidato à Presidência.

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