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Mourinho é um fanfarrão. Por Scott Moore

Eva foi insultada por Mourinho

Ladies & Gentlemen:

Mourinho é um fanfarrão. Qualquer técnico que, como ele, use a expressão “meus jogadores” é um bobo alegre. (Nota da tradutora: “happy fool, no original.)

Mas o pior é que ele não é sequer um bobo alegre. É um tolo arrogante e mal-humorado.

Neste final de semana, o Chelsea por pouco não perdeu de um dos últimos colocados na Premier League, o Newcastle. Perdia por 2 a 0 e empatou nos minutos finais.

Foi mais um mau resultado neste início de campeonato.

Na entrevista depois do jogo, Mourinho conseguiu se autoglorificar e depreciar o valente time adversário – muito, mas muito mais pobre que o Chelsea, que conta com um bilionário russo para manter um elenco de astros internacionais.

Ele sublinhou que os gols do Chelsea foram feitos pelos jogadores que ele colocou em campo na etapa final, como se não fosse um acaso.

E acusou o Newcastle de só se esforçar contra o Chelsea, “coisa de time que não ganha nada”.

Mourinho fala muita bobagem. E faz mais bobagens ainda.

Recentemente, ele se meteu numa encrenca ao tratar com grosseria chocante a médica do time, Eva Carneiro. Ex-médica, aliás. Ela acabou saindo.

O pecado de Eva foi, no final de um jogo, ter entrado no campo para atender um jogador estatelado. Mourinho entendeu que isso subtrairia tempo para o Chelsea fazer um gol que lhe desse a vitória.

Ele gritou com ela, e a xingou de “filha da puta”. Proibiu-a, também, de ficar no banco dali por diante.

Eva acabou indo embora, e se especula que vai processar o Chelsea.

O episódio vai trazer desdobramentos para Mourinho. A Federação Inglesa está estudando o que fazer. Eles querem saber o significado exato de “filho da puta” (o insulto foi em português).

Penso aqui comigo que Boss poderia explicar aos ingleses.

Tenho restrito respeito por técnicos que ganham títulos com elencos milionários. É obrigação.

Difícil é ser campeão com jogadores limitados.

Mourinho virou piada entre nós, ingleses, quando se definiu como “special”. Ganhou o apelido galhofeiro de “The Special One”.

Em meus muitos anos de jornalismo esportivo, conheci apenas dois técnicos que mereceriam o título de especiais.

Um é Guardiola. O outro, Telê Santana.

Sincerely.

Scott

Tradução: Erika Kazumi Nakamura

Scott Moore

Aos 53 anos, o jornalista inglês Scott Moore passou toda a sua vida adulta amargurado com o jejum do Manchester City, seu amado time, na Premier League. Para piorar o ressentimento, ele ainda precisou assistir ao rival United conquistando 12 títulos neste período de seca. Revigorado com a vitória dos Blues nesta temporada, depois de 44 anos na fila, Scott voltou a acreditar no futebol e agora traz sua paixão às páginas do Diário.

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Scott Moore

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