Publicado originalmente no Tijolaço:
Por Fernando Brito
Faltando dados de uma dúzia de estados, o número de mortos por coronavírus nos Estados Unidos supera hoje o dos atentados de 11 de setembro de 2001, onde morreram 2.977 pessoas, inclusive os 19 sequestradores assumiram o controle de quatro aviões e os explodiram no World Trade Center, NY, e no Pentágono, em Washington.
O número é igual, embora sem as cenas espetaculares que chocaram o mundo. O que não quer dizer que não estejam acontecendo coisas impensáveis há um mês para qualquer um, como um imenso navio hospital da US Navy ancorando em Manhattan para esvaziar parte dos hospitais para os pacientes do vírus e a construção de um estrutura médica de campanha em pleno Central Park.
Os Estados Unidos têm, agora, “duas China” de infectados e quase uma delas inteira está em Nova York.
E um número que se eleva velozmente: um terço dos novos casos de infecção registrados no mundo está lá e hoje, pela primeira vez, serão mais de 20 mil num só dia.
Não sabemos se extensão dos danos da epidemia será a das piores previsões que especialistas têm traçado.
Mas sabemos que Jair Bolsonaro perde seu grande “mestre” na subestimação dos efeitos do vírus.
E isso ajuda a proteger-nos de sua psicopatia.
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