Novas delações: investigados por golpismo disseram à PF que querem colaborar

Atualizado em 25 de fevereiro de 2024 às 9:47
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O avanço das investigações da Polícia Federal (PF) no inquérito da trama golpista, que apura uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, tem gerado discussões entre os advogados dos investigados sobre a possibilidade de um acordo de delação premiada.

Há quem acredite, entre pessoas próximas ao ex-presidente que acompanham as investigações, que há outros delatores além do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Segundo o colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, “um investigador com amplo acesso ao caso jura que, até o momento, não há outros colaboradores”. Entretanto, durante os depoimentos à PF na última quinta-feira (22), alguns investigados “manifestaram interesse em virar colaboradores”.

“Os nomes deles, por óbvio, são mantidos em segredo”, disse o jornalista.

Além de Bolsonaro, outros 23 investigados por tentativa de golpe de Estado prestaram depoimento simultaneamente à PF.

Entre os investigados estão ex-ministros do governo Bolsonaro: Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-titular da Justiça; e Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil que já foi titular da Defesa e integrou a chapa à reeleição de Bolsonaro em 2022.

Aliados próximos do ex-presidente também estão na mira da PF, como Marcelo Câmara, que foi membro da equipe de ajudância de ordens do ex-mandatário; Filipe G. Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais; e Tércio Arnaud, apontado como mentor do “gabinete do ódio”.

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