O Congresso promete dar uma resposta à altura depois do STF ter mandado revelar o nome de todos os parlamentares que receberam emendas do Orçamento Secreto. Embora haja a promessa de que não será obedecida a ordem do Supremo, tudo não passa de jogo de cena. Pessoas ligadas aos presidentes da Câmara e do Senado e também do STF garantem que isso tudo faz parte de um acordo.
Ao DCM, um assessor ligado a Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, explica o estratagema. Segundo ele, a carta conjunta com Arthur Lira será divulgada após aviso ao próprio Supremo. Todos estão sabendo de tudo, é o que garante a fonte que conversou com a reportagem e tudo foi acertado entre eles. Segundo detalhou o assessor, os ministros já sabem que o Congresso não cumprirá a íntegra da ordem.
Em conversa com um grupo de assessores, um deputado ligado a Lira, contou o acordo. Ele explicou que os ministros do STF ficaram furiosos com a tentativa de revogar a PEC da Bengala, que aposentaria os membros do Supremo mais cedo. Diante disso, Pacheco teria entrado em cena para defendar a corte e conseguiu impedir que o processo avançasse.
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STF e Congresso
Ao ouvir em alto e bom som que Lira não iria levar a ideia ao plenário, os ministros do STF teriam respirado aliviados. Eles deixaram claro que não queriam guerra com o Congresso, mas iriam se fosse necessário. Depois de ter atendido uma solicitação da corte, foi a vez de Pacheco também fazer um pedido. Ele começou a falar do Orçamento Secreto e tratar como seria o tema a partir dali.
O presidente do Senado foi muito taxativo ao encontrar uma solução para dar transparência às emendas do relator. Isso agradou os ministros, principalmente por ver boa vontade do congressista. Depois que tudo ficou definido, Lira e Pacheco explicaram que seria inviável e desnecessário divulgar publicamente os nomes de quem recebeu emenda no passado. Assim, como todos ganharam, o STF parece ter aceitado.
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