O Estadão manteve na capa da versão online, durante toda a quarta-feira, esta chamada para uma conversa com a participação do filósofo existencialista gaúcho Fernando Schuler:
“O que o ‘colapso’ e o ‘renascimento’ da Grécia podem ensinar ao Brasil”
No momento da maior tragédia ambiental brasileira no século 21, uma confraria de liberais se dedica, no chá da tarde, a discutir o colapso da Grécia, fazendo comparações com o déficit fiscal do governo.
A Grécia e o arcabouço fiscal em meio ao desespero dos gaúchos. Tem chá e brioches para toda essa gente de punhos rendados?
Tem brioches para todos os envolvidos com o futebol, principalmente seus comentaristas isentos, a maioria deles silenciosa diante da possiblidade de suspensão do Brasileirão, para que todos os jogadoree, e não só de Grêmio, Inter e Juventude, sejam poupados de jogar num clima geral de morte e destruição?
Tem brioches para comentaristas bolsonaristas de futebol, que fazem declarações chorosas sobre o drama dos gaúchos, mas são incapazes de contrariar seus patrocinadores e defender a paralisação do campeonato?
Tem brioches para todos os que a tragédia expeliu de fossas e esgotos, incluindo os que se omitem para não afrontar os interesses de cartolas e das empresas que os sustentam?
AS FAKE NEWS E O FASCISMO
Foi a extrema direita que começou a destruição da Seleção. Os grandes fiascos do futebol brasileiro em Copas foram produzidos por técnicos fascistas.
O bolsonarismo produziu Neymar, o técnico que virou estátua, a direção fascista do Flamengo e todos os negacionistas, racistas e alienados do futebol.
Agora, ficamos sabendo que alguns deles são produtores e disseminadores de fake news sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, incluindo Neymar.
O fascismo destrói tudo o que toca. São mais do que falsos líderes, são criminosos. São do mesmo nível dos saqueadores.
PASSANDO PANO
Uma descoberta fantástica de Merval no título da coluna no Globo:
“Fake news atrapalham socorro no Rio Grande do Sul”
Só isso, dito com a maior candura. As fake news atrapalham o socorro. Não são obra de criminosos. Só atrapalham.
MISTÉRIOS
Esse cavalo no telhado é o Merval Pereira na presidência da Academia Brasileira de Letras. Ninguém sabe como chegou lá e ninguém imagina como tirá-lo dali.
Publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes