O Brasil deste final de ano guarda semelhanças notáveis com os filmes de Sérgio Leone, o grande cineasta italiano do western spaghetti.
Você pode não ouvir mas uma música pressaga, sombria, arrepiante se espalha pelo país.
E dois homens travam um duelo que vai definir o futuro de todos.
Apenas um deles vai permanecer de pé ao fim do embate.
Você já deve ter adivinhado. Um dos contendores é Sérgio Moro. O outro é Lula.
Nenhum dos dois está sozinho, como nos filmes de Leone.
Moro tem na retaguarda a fina flor da plutocracia. Os barões da mídia estão ali, à espreita, mãos na algibeira, prontos para intervir em defesa de seu representante.
Milhões de pessoas simples, humildes, desarmadas velam por Lula. Ninguém sabe exatamente o que elas farão caso seu líder seja atacado.
Não têm armas, mas são muitos. Tantos que, mesmo aos andrajos, assustam.
Os duelistas se estudam, se observam, analisam as circunstâncias. A música sobe de tom. É cada vez mais intensa, é cada vez mais dramática.
Já não há recuo possível para o duelo. Alguém vai tombar, alguém vai ficar de pé. (Metaforicamente, claro.)
A questão é: quem?
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