O fim do orçamento secreto é a devolução da governabilidade, diz Lula a ministros do STF

Atualizado em 6 de dezembro de 2022 às 6:40
Arthur Lira e Lula – Foto: Reprodução

Em jantares e reuniões fechadas com a participação de pelo menos cinco ministros do Supremo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem destacando que o fim do orçamento secreto é essencial para a “devolver a governabilidade” ao Brasil.

Em um deles, realizado na casa da senadora Kátia Abreu (MDB-TO), o petista conversou com Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. O encontro também contava com a presença dos senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Davi Alcolumbre (União-AP), além de Renan Calheiros (MDB-AL).

De acordo com informações do Globo, Lula deixou bem claro aos presentes que se fosse pela vontade dele, o orçamento secreto acabaria no julgamento que começa a partir da próxima quarta-feira (7) no STF. Além disso, a movimentação do petista foi considerada importante pelos ministros, uma vez que demarcar a posição do presidente eleito em relação ao orçamento secreto.

Lula, no entanto, faz uma espécie de jogo duplo, já que vários de seus aliados passaram a dizer a lideranças do Congresso, incluindo o presidente da Câmara Arthur Lira (Progressistas-AL), que haviam desistido da ideia. Diante disso, o PT tem como estratégia conseguir fazer passar no Congresso a emenda constitucional que dará ao novo governo uma “licença” para furar o teto de gastos e pagar o Auxílio Brasil no próximo ano.

O PT, por sua vez, também declarou apoio à reeleição de Lira. Com isso, a ala do Supremo que quer o fim das emendas e a ala conhecida como “Centrão do STF”, ficaram preocupadas e com dúvidas, já que nenhum deles gostaria de manter o orçamento secreto como está.

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