No Roda Viva, Lobão tentou explicar por que Barbara Gancia e Marcelo Rubens Paiva deveriam perdoá-lo por tê-los ofendido quando era bolsonarista.
Segundo o ex-roqueiro, é injusto querer “reduzi-lo a um fascista”. Ah, sim.
Entre outras coisas, Lobão insultou Marcelo, cujo pai, Rubens Paiva, foi assassinado na ditadura, quando disse que os torturadores “arrancaram umas unhazinhas” das vítimas.
Esse era o Lobão de ontem. Ele embarcou na extrema direita por que é “do rock’n’roll e não vou vir com flores” etc e tal.
Seu filho adolescente não fala essa idiotice.
O fato é que Lobão conseguiu destruir Lobão.
Não é a questão apenas da incoerência. Mudar de opinião é do jogo.
O sujeito, porém, é um oportunista absolutamente incapaz de explicar porque vai de um extremo a outro.
Espera perdão por ajudar a atirar o país num abismo de ódio.
Está morto estética e moralmente. O Roda Viva foi o funeral de um zumbi.
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