Omar Aziz diz que as discordâncias que ocorrem entre os senadores na reta final da CPI da Covid “são coisas menores”. Segundo o presidente do colegiado, ele e Renan Calheiros têm “maturidade” para resolver as divergências.
“Depois de seis meses trabalhando, não será no final que não ficaremos unidos. Essas discordâncias são coisas menores. A questão maior é fazer a justiça que a gente sempre procurou. É claro que o grupo tem discordâncias. Não é ditadura. Eu e Renan temos maturidade, como pede a longa experiência política”, afirmou à coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.
O senador diz que as acusações de genocídio contra Jair Bolsonaro e advocacia administrativa contra Flávio são os que mais causaram polêmica. A acusação contra o presidente e o indiciamento por homicídio qualificado foram retirados do relatório final, segundo ele.
Ele diz que um outro ponto que discorda no relatório final é o indiciamento de Silas Malafaia por fake news. “Se a gente for indiciar o Silas Malafaia, vamos ter de indiciar milhões de pessoas que também agrediram, atacaram… Não é por aí. Perderia muito o foco da CPI. Não vejo o Malafaia envolvido na compra de vacinas. Ele tem sua posição e responde por ela. Se alguém se sentiu ofendido por ele, tem meios de fazer uma cobrança judicial. Não por meio da CPI”, argumenta.
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Os arrependimentos de Omar Aziz
O senador diz que a CPI da Covid deveria ter convocado o general Walter Braga Netto. O ministro da Defesa coordenou o comitê de crise da doença e não foi ouvido pelo colegiado.
“O Braga Netto tinha de ser convocado. Era o certo. Ele era o coordenador. Ninguém estaria chamando o general Braga Netto, mas o ministro que era o coordenador da maior crise sanitária que o mundo já viveu. Todas essas ações foram equivocadas e inócuas e chegamos ao número de mortos que está aí”.
Questionado se a comissão “deixou apurações importantes pelo caminho”, cita três. A primeira delas é a que trata dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Segundo Aziz, houve aumento de custeio e queda de atendimento. “Vamos encaminhar isso para o MPF do Rio de Janeiro”, afirma.
Outra ponto não investigado pela comissão, diz o presidente da CPI, é a questão das fake news. Ele diz que não houve “tempo para aprofundar a questão”.
Por fim, “a questão da VTCLog”. O senador diz que espera que o Ministério Público rastreie o destino e a origem dos recursos da empresa.