Omar Aziz deu entrevista ao jornal O Globo nesta terça (19) e afirmou que Bolsonaro não é genocida. Ele revelou que tem a preocupação que o crime seja “arquivado no futuro” e receba críticas por isso. Porém, deixou claro que será favorável ao que Renan Calheiros colocar no relatório.
“A grande preocupação em relação ao genocídio é que se você já tem crime contra a humanidade, já é um crime muito grande. E esse já foi provado e ‘desprovado’ por ele. O Bolsonaro fez aglomerações propositadamente, o Bolsonaro pregou a imunização de rebanho, pregou medicamento não comprovado, foi charlatão prescrevendo medicamento sem eficácia…”, declarou o presidente da CPI da Covid.
“Então, ele tem crimes sérios, só que o genocídio é muito mais sério que isso tudo. O meu medo é esse crime (genocídio) ser arquivado no futuro e os outros dizerem ‘está vendo, eles estavam errados’. Mas, se o Renan mantiver esse ponto, eu votarei a favor”, acrescentou.
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Omar Aziz promete fiscalizar Bolsonaro
Omar Aziz explicou que continuará fiscalizando o governo Bolsonaro. “Temos que fazer o que é necessário para a gente conduzir e terminar os trabalhos. Nós vamos terminar. Quando a gente pega um peixe tucunaré, se você der linha, ele pula e solta na boca. Então você sempre tem que manter o tucunaré no cabresto. Esse governo está no cabresto. Não vamos dar folga para eles, não. Está fisgado”, comentou.
Por fim, quando questionado se a cúpula da Covid estava brigada, o senador deixou claro que todos trabalharão juntos pelo sucesso do relatório. “A gente não tem porque, depois de seis meses de trabalho, chegar agora no final e colocar tudo a perder. Isso não passa pela cabeça de ninguém”, concluiu.