OMS desmente Bolsonaro sobre gravidade da ômicron

Atualizado em 12 de janeiro de 2022 às 17:35
OMS diz que ômicron é menos severa, mas que não é uma doença leve

Durante uma entrevista coletiva virtual realizada no dia de hoje (12), autoridades da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram questionadas sobre declarações do presidente Jair Bolsonaro, sobre a variante ômicron. O chefe do Executivo teria dito que ela seria “bem-vinda” e poderia sinalizar o fim da pandemia.

Mike Ryan, diretor executivo da OMS, disse que não havia visto as declarações, mas afirmou que a ômicron realmente é “menos severa, mas isso não significa que esta é uma doença leve”. Ryan também reafirmou declarações feitas pelo diretor-geral da OMS sobre a gravidade da doença.

“Há muitas pessoas pelo mundo em UTIs, em ventiladores, tentando conseguir fôlego no oxigênio, o que deixa claro que esta não é uma doença leve”, disse o diretor executivo.

De acordo com Ryan, a Covid-19 é potencialmente evitável, com a vacinação e medidas de prevenção, como o uso de máscaras. Ele também disse que não é o momento de declarar que o vírus é bem-vindo.

“Este não é o momento de declarar que este é um vírus bem-vindo. Nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo, especialmente quando em grande medida essas mortes e esse sofrimento são evitáveis com medidas apropriadas e vacinação”, afirmou.

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Covid-19 atinge níveis de transmissão nunca vistos antes na pandemia

Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), disse hoje (12) que o coronavírus atingiu níveis de transmissão nunca vistos antes na pandemia. São quase 300 milhões de pessoas que já foram infectadas com o vírus no mundo.

“Na última semana, o número de infecções de covid-19 quase dobrou nas Américas, subindo de 3,4 milhões em 1º de janeiro para 6,1 milhões em 8 de janeiro”, afirmou Etienne.

Houve um aumento de 250% nos casos em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Opas.

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