Bolsonaro volta a criticar Anvisa e inventa que morte de crianças pela Covid não justificam vacinação

Atualizado em 12 de janeiro de 2022 às 17:20
Foto de Bolsonaro
Presidente diz que Anvisa não apresentou “antídoto” para possíveis efeitos colaterais. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (12) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não apresentou “antídoto” para efeitos colaterais da vacina contra à Covid-19 em crianças. Nas últimas semanas, o presidente atacou a agência por autorizar a vacinação da faixa etária de 5 a 11 anos e entrou em conflito com Antonio Barra Torres, que preside a Anvisa.

A declaração de Bolsonaro mobiliza sua base e faz pais questionarem a vacinação de seus filhos. No entanto, avaliações da própria Anvisa e de outras agências regulatórias no planeta mostraram que as vacinas são seguras e riscos são mínimos.

“A Anvisa não disse qual o antídoto para possíveis efeitos colaterais. Por que eu falo possíveis? Alguns já existem por aí. Você não comprovou, mas já existem”, disse o presidente em entrevista.

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Bolsonaro criticou agência e entrou em atrito com o presidente da Anvisa

Nas últimas semanas, o chefe do executivo questionou a aprovação da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos. Em reposta, Barra Torres pediu que o presidente apresentasse provas de possíveis irregularidades ou se retratasse. Bolsonaro comentoou que não havia chamado ninguém de corrupto e questionou o tom usado por Barra Torres.

Em entrevista, Barra Torres afirmou que Bolsonaro elencou a Anvisa como a sua “nova inimiga”.

Mesmo com 311 crianças vítimas da doença, o presidente disse que lamenta “cada morte, ainda mais de criança, a gente sente muito mais, mas não justifica a vacinação pelos efeitos colaterais adversos.”

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