ONG acusa Israel de usar fome como arma de sua ofensiva em Gaza

Atualizado em 18 de dezembro de 2023 às 23:23
Prédio pegando fogo em Gaza
Imagem de bombardeio de Israel a Gaza – Reprodução/EPV

Nesta segunda-feira (18), a ONG Human Rights Watch (HRW) lançou um relatório acusando o governo israelense de deliberadamente submeter a população civil de Gaza à fome como parte de sua ofensiva no território palestino. A prática é considerada pela HRW como um crime de guerra, destacando o bloqueio intencional de água, alimentos e combustível, além da obstrução da ajuda humanitária e a destruição aparente de zonas agrícolas.

“O governo israelense utiliza a inanição de civis como método de guerra na Faixa de Gaza ocupada, o que constitui um crime de guerra”, afirmou em um relatório o grupo que tem sede em Nova York.

Segundo a HRW, as forças israelenses estariam privando a população de Gaza de itens essenciais para a sobrevivência, prejudicando deliberadamente o fornecimento de recursos fundamentais. O relatório ressalta o impacto nas áreas de alimentos, água e combustível, resultando na deslocação significativa da população e na escassez de medicamentos.

Palestinos procurando vítimas em campo de refugiados
Palestinos procurando vítimas em campo de refugiados em Gaza – Reprodução/NA

Em resposta, o governo israelense acusou a HRW de ser uma “organização antissemita e anti-israelense”. O porta-voz da chancelaria, Lior Haiat, afirmou que a HRW não condenou os ataques contra cidadãos israelenses e questionou sua base moral para falar sobre a situação em Gaza, acusando a organização de ignorar o sofrimento e os direitos humanos dos israelenses.

A HRW destaca que a guerra em Gaza foi desencadeado pelo ataque do Hamas em 7 de outubro, resultando em vítimas em Israel e intensificando os confrontos. O Ministério da Saúde do Hamas alega um alto número de mortes, especialmente entre mulheres e menores de 18 anos, devido à ofensiva israelense.

Diante da crise humanitária, Israel aprovou a entrega “temporária” de ajuda através da passagem fronteiriça de Kerem Shalom. O primeiro comboio chegou no domingo, segundo um funcionário do Crescente Vermelho egípcio.

*Com informações do UOL

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link