Operação Trap: criminosos extorquiam modelos se passando por donos de agências

Atualizado em 14 de março de 2024 às 11:28
PCDF realiza buscas na operação TRAP. Foto: PCDF/Divulgação

A Polícia Civil do Distrito Federal desmascarou uma organização criminosa especializada em extorquir mulheres entre 18 e 30 anos, em uma operação liderada pela 26ª DP (Samambaia). Os criminosos, disfarçados como proprietários de uma agência de modelos, solicitavam vídeos íntimos das mulheres e, em seguida, as chantageavam, conforme informações do Correio Braziliense.

Na manhã desta quinta-feira (14), a PCDF realizou buscas em Ceilândia e no Gama, como parte da Operação TRAP, cumprindo sete mandados de prisão emitidos pela Juízo da 2ª Vara Criminal de Samambaia. As investigações sobre a quadrilha foram iniciadas há dois anos.

Segundo a Polícia Civil, o alvo dos criminosos eram mulheres ativas nas redes sociais. Ao identificar uma vítima, um membro da organização entrava em contato pelo Instagram, fingindo ser o dono de uma agência de modelos e demonstrando interesse no perfil da vítima. Geralmente, essas abordagens eram realizadas usando o perfil falso de uma mulher previamente vitimada pela quadrilha.

O grupo ganhava a confiança das mulheres estabelecendo diálogos, compartilhando documentos das vítimas anteriores, bem como fotos e vídeos íntimos. Prometendo altos cachês e uma possível carreira de modelo, até mesmo capturas de tela falsas com contas bancárias de milhões de reais eram enviadas às vítimas.

O perfil falso, então, sugeria que um cliente estaria interessado em fazer uma chamada de vídeo de conteúdo pornográfico com a vítima. Após gravar essas imagens, o cliente falso se recusava a pagar, alegando que seus desejos não foram atendidos por completo. Em seguida, outro perfil falso na mesma rede social começava a extorquir as vítimas, ameaçando divulgar os vídeos íntimos.

Quando as vítimas entravam em contato com a suposta agência de modelos, o perfil falso informava que elas haviam sido assaltadas e que os vídeos e fotos de suas clientes haviam sido roubados. Orientando as vítimas a pagarem a quantia da extorsão para contas laranjas da organização criminosa.

Foram identificadas vítimas em várias regiões do Brasil, incluindo Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Além dos sete mandados de prisão no DF, também foram realizadas buscas em São Paulo, São José do Rio Preto e Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

Confira alguns prints divulgados pela polícia:

Abordagem da organização criminosa às vítimas. Foto: reprodução
Abordagem da organização criminosa às vítimas. Foto: reprodução
Abordagem da organização criminosa às vítimas. Foto: reprodução
Abordagem da organização criminosa às vítimas. Foto: reprodução

 

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