Nesta terça-feira (12), foi entregue ao procurador-geral da República, Augusto Aras, dois pedidos do PT e de mais 6 partidos para federalizar as investigações de casos de violência política antipetista. O documento é assinado pelos presidentes nacionais de PT, PCdoB, Psol, PSB, PV, Rede e Solidariedade.
Uma das motivações do pedido é a recente morte do líder petista Marcelo Arruda, assassinado a tiros em sua própria festa de aniversário pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho no último sábado (9). Já o outro caso aconteceu em 2018, em Laranjeiras do Sul (PR), quando dois ônibus da campanha ”Lula pelo Brasil” foram atingidos por tiros e tiveram o pneus danificados pelo espalhamento de “miguelitos” na rodovia. A última investigação está em trâmite há 1.509 dias ainda sem solução.
Em sua justificativa, as siglas acreditam que esses acontecimentos são exemplos de uma tendência nacional de crescimento da violência política – que tende a piorar em ano eleitoral – muito influenciada pelos discursos e pela postura do presidente Jair Bolsonaro (PL). Posto isso, foi invocado o incidente de deslocamento de competência com o objetivo de conseguir federalizar as investigações.
Contudo, além de pedir a federalização, também foi solicitado que o Bolsonaro seja investigado justamente por essas condutas que a coligação de partidos acredita incitar a violência. No documento, fala-se sobre as condutas operadas por ele que ”de forma reiterada, para além de ameaçarem a ordem democrática e a integridade física dos brasileiros, configuram, em tese, crimes definidos no Código Penal e em legislação pessoal.”
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