Oswaldo Eustáquio admite que conversou com Mauro Cid no Alvorada

Atualizado em 31 de outubro de 2023 às 16:03
O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Citado por Mauro Cid em delação à Polícia Federal, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio admitiu ter entrado no Palácio da Alvorada junto com o youtuber Bismark Fugazza no dia 12 de dezembro, data em que terroristas atacaram a sede da corporação em Brasília. Ele nega, no entanto, ter se reunido com o ex-presidente Jair Bolsonaro ou pedido proteção e abrigo a ele. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Eustáquio disse ter usado o veículo oficial da Presidência para entrar no palácio por estar em cadeira de rodas à época. Ele também relatou ter sido recebido por Mauro Cid e Vinicius Coelho, então ajudantes de ordens de Bolsonaro.

Na ocasião, o blogueiro passava o dia em acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Coelho teria questionado na data: “O que esse povo quer?”. Em resposta, Eustáquio disse que eles queriam que ele tomasse uma medida contra “abusos” do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Foto: Pedro França/Agência Senado

“Este povo que está na frente dos quartéis espera ansiosamente que haja uma investigação real e profunda sobre a lisura das urnas eletrônicas e se for comprovado qualquer tipo de indício de fraude, que seja tomada medida legal para conter esse avanço da esquerda sobre o comando do Foro de São Paulo”, afirmou o blogueiro. Cid, na sequência, teria dito: “Pô, Eustáquio, isso está um barril de pólvora”.

Eustáquio diz que foi ao banheiro após o diálogo e Cid acompanhou Bismark. Ele relata que não sabe para onde a dupla foi ou sobre qual tema conversou, mas que ouviu uma orientação de Coelho para que os bolsonaristas deixassem o acampamento e voltassem para casa.

Horas depois, no entanto, terroristas atacaram a sede da Polícia Federal em Brasília. O indígena bolsonarista José Acácio Xerere foi preso na data e um grupo de cerca de 200 apoiadores do ex-presidente tentou invadir o prédio da corporação.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.