Paciente desmascara falsa psicóloga que usava registro de outra profissional

Atualizado em 15 de junho de 2023 às 21:09
Psicóloga Caroline Aparecida Costa Galvão. Foto: Reprodução

A psicóloga Caroline Aparecida Costa Galvão, de 29 anos, levou um susto ao descobrir que seu registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP) estava sendo usado irregularmente por outra pessoa com nome semelhante. O caso ocorreu na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. Com informações do UOL.

A profissional descobriu que seu registro estava sendo usado após receber uma mensagem de alerta nas redes sociais. A advogada Daniela Padilha procurou Caroline Aparecida após passar por duas consultas online com uma suposta psicóloga, que atendia apenas por Caroline Costa.

A advogada relatou que conheceu o trabalho da falsa psicóloga por uma página nas redes sociais. Em uma primeira consulta ela não desconfiou de nada. No entanto, ao final da segunda sessão, percebeu que havia algo de estranho na forma como o atendimento foi realizado.

“Eu percebi que a profissional usava muitos termos técnicos, misturava algumas técnicas de terapia e aquilo me acendeu um alerta”, afirmou. “Eu pedi o número do CRP dela e ao consultar vi que o nome do registro não era o mesmo para o qual eu havia feito o pagamento da consulta. Apenas o primeiro nome e um dos sobrenomes eram iguais”, contou a paciente”, contou Padilha.

Ao notar que a mulher usava o cadastro de outra profissional, a advogada disse que contatou a falsa psicóloga e pediu o ressarcimento do valor pago pelo atendimento, o que foi aceito pela mulher. Em seguida, ela procurou a verdadeira psicóloga nas redes sociais.

Caroline, a psicóloga dona do CRP, afirmou que desconfiou da mensagem de Daniela em um primeiro momento. “Quando recebi a mensagem da Daniela na minha rede social imaginei que fosse um golpe. Que alguém iria me pedir dinheiro ou coisa assim. Nem dei muita atenção”, disse.

A psicóloga só acreditou que seu registro profissional estava sendo usado de maneira irregular após conversar com diversas pessoas sobre o ocorrido. Além de procurar a Polícia Civil para registrar o caso, Caroline também registrou a situação no CRP.

“Fiquei bastante surpresa, é aquele tipo de situação que a gente nunca acha que vai acontecer, mas acontece. É muito estranho pensar que havia uma pessoa se passando por mim e fazendo atendimentos”, disse.

Em nota, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP), explicou que o número de inscrição de cada profissional da psicologia é único, pessoal e intransferível. Qualquer irregularidade deve ser denunciada à polícia e à Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do Conselho Regional de Psicologia regional.

“Prestamos nossa solidariedade à psicóloga e reforçamos a atuação da psicologia ancorada no Código de Ética da profissão. Elucidamos a toda a sociedade que somente profissionais inscritas e inscritos nos Conselhos Regionais de Psicologia estão habilitados a atuarem como psicólogas e psicólogos”, declarou o conselho.

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