Padre é investigado por desvio milionário de dinheiro na PB

Atualizado em 14 de outubro de 2023 às 13:35
Padre Egídio, acusado de desvio de dinheiro de verba do hospital Padre Zé. Facebook

O padre Egídio de Carvalho Neto, com 56 anos de idade, encontra-se sob investigação por suspeitas de desvio de recursos destinados ao hospital Padre Zé, que oferece atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em João Pessoa.

As alegações apontam que ele teria desviado esses fundos para adquirir propriedades de alto padrão, bens de luxo e cobrir despesas pessoais, como viagens. Anteriormente, o padre ocupava o cargo de diretor-presidente do hospital, porém, foi destituído dessa função e afastado de suas obrigações eclesiásticas. Ademais, enfrenta um processo canônico que poderia levar à sua expulsão da Igreja Católica.

Condomínio no qual foi adquirido um apartamento com os valores supostamente desviados. Reprodução

Uma força-tarefa, coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB), realizou a Operação Indignus em 5 de outubro, cumprindo 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal da Capital.

A investigação se estende aos recursos desviados, usados na compra de, no mínimo, um veículo de luxo, bem como para financiar viagens e aquisição de imóveis de alto padrão, bem como produtos e serviços pessoais de alto valor.

Em resposta às acusações, a direção do hospital, composta por 12 indivíduos, foi destituída de suas funções no final do mês anterior pelo Arcebispado de João Pessoa.

Além disso, surgiram outras alegações, uma das quais acusa a gestão do padre de ter obtido empréstimos no valor de R$ 13 milhões sem justificação aparente, deixando uma dívida de R$ 3 milhões.

O Ministério Público da Paraíba informou que a investigação se concentra na fraude envolvendo “desvio de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de subornos a funcionários vinculados às entidades sob investigação.”

O padre e outros membros da diretoria são suspeitos de envolvimento em crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

A investigação revela uma aparente mistura de propriedades e valores entre as entidades jurídicas e um dos indivíduos investigados, o padre Egídio, que possui várias propriedades de alto padrão reformadas com produtos de marcas caras e valores agregados elevados.

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