Para Dino, “engendramento” do golpe passava por “reuniões” com Bolsonaro

Atualizado em 8 de fevereiro de 2023 às 19:21
Ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Reprodução

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quarta-feira (8) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se colocou na investigação sobre os atos terroristas em Brasília. Para Dino, “havia um engendramento que passava por reuniões” com o ex-mandatário.

“Quem o colocou nesta situação foi ele próprio [Bolsonaro] — que publicou um vídeo de apoio ou de incitação a esses atos terroristas golpistas —, e posteriormente aliados seus, deputados, senadores, pessoas credenciadas de seu círculo íntimo, que mostraram que havia um engendramento que passava por reuniões com ele”, afirmou o ministro em entrevista ao UOL.

Para Dino, é de interesse de Bolsonaro vir a público esclarecer “a participação dele nesse terrível plano golpista que se executou no Brasil entre o dia 30 de outubro e o dia 8 de janeiro”.

Bolsonaro foi incluído no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes acolher um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na decisão, Moraes disse que o ex-presidente se posicionou de forma criminosa as instituições. “O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus Ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi fraudado”, afirmou o ministro.

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