Policiais à paisana que faziam a segurança de Tarcísio de Freitas mataram a tiros um homem desarmado em Paraisópolis (zona oeste de São Paulo), segundo quatro testemunhas. Os relatos desmentem a versão da polícia no boletim de ocorrência sobre o caso, que diz que criminosos com armas foram avistados em motos após uma rajada de tiros de metralhadora. A informação é do Intercept Brasil.
O caso foi registrado na 89ª DP e Tarcísio chegou a dizer que foi vítima de um atentado que seria “um recado do crime”. O boletim de ocorrência não cita a entrega de nenhuma arma que estivesse em posse da vítima, Felipe da Silva Lima (28), mas duas armas que pertencem a policiais militares que trabalham à paisana foram apreendidas.
De acordo com as testemunhas, Felipe e um outro homem, identificado como Rafael, chegaram de moto a um segurança do candidato e disseram: “A comunidade não quer vocês aqui, vão embora”. Após o diálogo, foram ouvidas rajadas de tiro distantes do evento.
Os dois homens que estavam na moto retornaram para falar com a equipe de segurança e foram recebidos a tiros. Felipe foi atingido no peito e Rafael, que estava no veículo com ele, correu e conseguiu fugir. Após o episódio, criminosos locais que estavam na esquina tentaram resgatar o corpo da vítima e o tiroteio teve fim minutos depois, com a chegada de policiais militares fardados.
As testemunhas ainda apontam que o corpo de Felipe foi colocado em uma viatura e levado a um posto de gasolina. O veículo ficou estacionado no local por minutos até que a vítima fosse levada já morta a um hospital.
Os policiais alegaram que Felipe e Rafael atiraram neles e, em seguida, outros suspeitos também dispararam. A versão dos agentes ainda diz que os dois haviam filmado os seguranças de Tarcísio e, por isso, foram perseguidos pelos seguranças.