O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou na Justiça contra Sergio Moro (União Brasil) para cassar o mandato do ex-juiz e anular sua vitória nas eleições deste ano para o Senado pelo Paraná. O partido pede a investigação de supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas da campanha do ex-juiz.
O objetivo da legenda é abrir uma brecha para que seja realizada uma nova eleição no estado e que Paulo Martins, candidato bolsonarista que ficou em segundo lugar na disputa, possa ocupar a vaga no Congresso. Moro foi eleito com 33% dos votos, enquanto Paulo Martins teve 29%.
A ação foi pedida ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) pelo PL estadual. Integrantes do partido afirmam que a decisão foi tomada pelo diretório estadual, em coordenação com a cúpula da sigla, que é presidida pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto. O caso corre em segredo de Justiça.
O PL usa como base para o pedido de cassação o caso da ex-juíza e ex-senadora Selma Arruda, que ficou conhecida como “Moro de saias”. Em 2019, ela teve seu primeiro ano de mandato cassado pelo TRE do Mato Grosso. Com a confimação da decisão pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi marcada no estado uma nova eleição para senador, que terminou com a vitória de Carlos Fávaro, do PSD, que hoje integra a equipe de transição do governo Lula.
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