PT na igreja: Pastor tenta aproximar Lula de evangélicos

Atualizado em 23 de fevereiro de 2022 às 13:06
O pastor Paulo Marcelo ao lado de Lula, ambos de máscara, se cumprimentando com um soquinho
O pastor Paulo Marcelo e o ex-presidente Lula (PT). Foto: Ricardo Stuckert

O pastor evangélico Paulo Marcelo Schallenberger levou ao ex-presidente Lula (PT), nesta semana, um “projeto de inclusão” do PT nas igrejas. Ele foi convidado pelo partido para fazer essa ponte com o segmento. A informação é da Folha de S. Paulo. O documento cita dicas sobre temas tabus e defende um esforço para lembrar o público evangélico sobre como sua vida era melhor nos governos petistas.

O projeto cita, também, lembrar os pastores sobre a receita da sua igreja na época de Lula e Dilma, que era maior do que a de agora. Paulo Marcelo fala de “trazer para entrevistas pastores que foram beneficiados no governo do PT” e incentivar menções de “atos dos governos anteriores que beneficiaram a igreja evangélica”. Ele destaca a necessidade de utilizar grupos de WhatsApp para atingir as pessoas.

Leia mais:

1. TCU pede bloqueio imediato dos bens de Moro à PGR

2. Crise na Ucrânia evidencia irrelevância da diplomacia brasileira no cenário global

3. Lira protege há 3 meses bolsonarista que teve mandato cassado pelo TSE

Em entrevista à Folha, o pastor recordou que lideranças evangélicas abriram templos como nunca durante as administrações petistas e que eles iam “muito bem, obrigado”. “A pergunta é muito simples: o que na sua vida melhorou? Quanto na sua igreja tinha de receita, na época de Lula e Dilma, e quanto tem de receita hoje?”, exemplificou Paulo Marcelo sobre a estratégia que propõe. Ele diz que os evangélicos eram mais felizes naqueles tempos e que o PT precisa lembrá-los disso.

Paulo Marcelo falou sobre a necessidade de reverter rótulos sobre temas tabus

O pastor diz que muitos rótulos são colocados ao PT, seja por má-fé ou ignorância. Um exemplo é o fato de muitos evangélicos acreditarem que petistas têm uma agenda anticristã e que vão obrigar pastores a praticar atos contrários à sua doutrina, como não poder falar mal de casamento homoafetivo.

De acordo com Paulo Marcelo, é preciso dizer que isso não é verdade. No entanto, ele faz a ressalva de que líderes religiosos não poderão “interferir nas escolhas individuais” de cada pessoa. Ou seja, não cabe aos pastores fazerem lobby com o governo para que o Estado impeça os casamentos.

“A igreja pode pregar no seu Evangelho que não aceita, mas não posso exigir que o restante da sociedade seja como nós. Tenho que respeitar para ser respeitado”, afirmou Paulo Marcelo.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link