No ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo, houve insatisfação por parte de alguns deputados bolsonaristas em relação às pessoas autorizadas a subir no trio presidencial.
Nas reclamações, os parlamentares argumentaram que, apesar de enfrentarem diariamente o governo, foram deixados de lado na seleção dos participantes que estariam junto ao presidente na Avenida Paulista.
Entre os parlamentares barrados estavam nomes, como o de Carla Zambelli, que recebeu 946.244 votos, sendo a segunda mais votada, e Ricardo Salles, o quarto mais votado, com 640.918 votos, ambos do PL em São Paulo.
Além deles, outros políticos como os deputados Osmar Terra (MDB-RS), Mário Frias (PL-SP) e General Pazuello (PL-RJ), todos ex-ministros do governo Bolsonaro que hoje têm mandato parlamentar, também foram impedidos de subir no trio.
A lista de excluídos incluiu até mesmo a líder da minoria na Câmara, a deputada Bia Kicis (PL-DF), além de outros defensores fervorosos do presidente, como Júlia Zanatta (PL-SC) e Evair de Melo (PP-ES).
O descontentamento foi tamanho que alguns parlamentares tentaram forçar sua entrada no trio. Após isso, o pastor Silas Malafaia, organizador do evento, interveio e pediu calma aos presentes, usando um tom duro que foi considerado desnecessário por alguns deputados.
“Ô minha gente que tá aqui embaixo fazendo confusão, só sobe quem tem pulseira verde. Por favor! Não vai subir, não adianta. Pra que essa briga aí, meu filho?”, disse Malafaia.
Vale destacar que somente 35 deputados foram permitidos no trio, enquanto outros políticos, como senadores, governadores presentes e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), também tiveram acesso. Aos demais, restou ficar em um veículo secundário, onde não houve discursos e chamou pouca atenção.
A desculpa de Malafaia
Malafaia justificou a limitação de participantes no trio, ressaltando a necessidade de garantir espaço para Bolsonaro se deslocar durante o evento, visto que o veículo estava atravessado na avenida Paulista e havia público dos lados.
No entanto, a decisão causou indignação entre os deputados preteridos, que viram a presença de ex-ministros e outras figuras no trio como uma falta de critério transparente na seleção dos participantes.
Embora Malafaia tenha afirmado que a lista de escolhidos foi decidida por ele, não foram revelados os critérios utilizados na seleção dos deputados autorizados a entrar no trio. Além disso, houve relatos de parlamentares sem a pulseira VIP que conseguiram subir, o que também gerou questionamentos.
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