Se PEC não passar, Bolsonaro quer prorrogar o Auxílio Emergencial

Atualizado em 29 de outubro de 2021 às 21:19
Bolsonaro
Bolsonaro tem plano B

O presidente Jair Bolsonaro pretende prorrogar o auxílio emergencial. Isto porque há grande possibilidade que a PEC dos Precatórios não seja aprovado. Então o chefe do executivo tem como intenção decretar de novo estado de calamidade pública. Isso permitirá que estoure o teto de gasto e continue com o programa.

Não é segredo para ninguém que o novo Bolsa Família se chamará Auxílio Brasil. O objetivo do governo é pagar mensalmente R$ 400 para cada beneficiário até o fim de 2022. Mas para isso ocorrer, é preciso que a PEC dos Precatórios receba o aval do Congresso.

Contudo, as negociações andam cada vez mais difíceis. E a base aliada bolsonarista trabalha com a possibilidade da Proposta de Emenda Constitucional sair do papel. Por isso Bolsonaro foi aconselhado a fazer o decreto de estado de calamidade pública.

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Bolsonaro e a crise com Guedes

Paulo Guedes não concorda com a ação. A equipe econômica avaliou que não tem argumento sólido para que ocorra uma atitude deste tipo.

Inclusive, subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Rebelo Athayde, deixou claro o posicionamento do Ministério. “Não tem nenhuma possibilidade da equipe econômica de defender a ideia de que haja calamidade pública”, afirmou ontem em coletiva de imprensa.

Paulo Guedes abriu mão das suas convicções e aceitou em “seco” colocar o Auxílio Brasil em R$ 400. Só que isso gerou problemas no Ministério da Economia, com saídas de alguns secretários. Agora o ministro não pretende ceder novamente. Se a PEC não passar, vai brigar para barrar o decreto de estado de calamidade pública.

Já Bolsonaro avisou aos aliados que “com o Guedes, eu me entendo”. E disse que vai cumprir aquilo que deseja. Na opinião dele, Rodrigo Pacheco é o principal responsável pelas derrotas dele no Congresso. E agora sente que o presidente do Senado quer barrar o novo Bolsa Família.