O pedido do ex-juiz e pré-candidato ao Senado Sergio Moro (União Brasil) para trancar o inquérito policial que investiga ele e sua esposa, Rosângela Moro, por fraude na transferência de domicílio eleitoral, foi negado pela Justiça.
A empresária Roberta Moreira Luchsinger, pré-candidata a deputada pelo PT, foi quem apresentou a notícia-crime contra o ex-juiz. No inquérito, ela alega que a mudança de domicílio eleitoral de Moro e sua esposa era derivada de uma possível fraude e informação falsa no cadastro eleitoral.
O juiz Dimitrios Zarvos Varellis, da Quinta Zona Eleitoral do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), declarou em sua decisão “insuficiência de elementos mínimos” para dar seguimento à solicitação apresentada por Moro.
“Não se pode impedir a investigação criminal sobre os fatos na medida em que, por ora, vigora o princípio do in dubio pro societate [dúvida em favor da sociedade], e é necessário que sejam efetivadas diligências buscando a verdade real à formação da […] verificação da ocorrência ou não dos fatos delituosos”, declarou o magistrado.
Ainda no processo, é deferido o pedido formulado pelo Ministério Público para que a investigação prossiga no prazo de 60 dias.