Petista assassinado avisou que policiais da esquerda seriam “primeiras vítimas” de violência política

Como é contado pelo outro palestrante presente, a fala de do guarda municipal parecia um prenúncio do que estava por vir

Atualizado em 12 de julho de 2022 às 11:53
Marcelo Arruda, ao fundo, de vermelho, participou de seminário sobre combate à violência dois meses antes de morrer e previu que agentes de segurança de esquerda, como ele, seriam ‘primeira vítima’ de escalada da violência política. Na foto, Fábio Vargas aparece logo ao lado de Arruda. Imagem: Reprodução via BBC News/ Fábio Vargas.

Como um pressentimento do que passaria futuramente, o guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado a tiros por policial bolsonarista, teria dito em uma palestra dois meses antes de morrer que agentes de segurança de esquerda – que não apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), como ele próprio – seriam “as primeiras vítimas” da instauração da violência política no país.

Segundo a BBC, a premonição é contada pelo advogado e professor de Direito Fábio Aristimunho Vargas, que no dia 14 de maio, durante um seminário para jovens sobre combate à violência, em Foz do Iguaçu, no Paraná, estava sentado ao lado de Arruda. Ambos palestraram no evento intitulado “Oficina da Juventude Contra a Violência”, e, de acordo com Vargas, a fala de do guarda municipal parecia um prenúncio do que estava por vir.

Cerca de 2 meses depois, em sua própria festa de aniversário que tinha como tema o PT e fazia diversas referências ao ex-presidente e pré-candidato Lula, o guarda seria assassinado. Ao invadir o evento no último sábado (9), aos gritos de “Aqui é Bolsonaro”, o policial bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho tirou aos tiros a vida de Arruda, que chegou a revidar.

Ainda de acordo com Fábio, o guarda municipal, que era petista e também dirigente do partido, dizia se sentir “visado” por ser um agente de segurança de esquerda.

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