A Petrobras teve perda de R$ 13,9 bilhões no acumulado de 12 meses até fevereiro de 2022, devido a demora em executar os reajustes nos preços dos combustíveis para compensar a alta do petróleo e descontos nesses aumentos. Em dois anos, a perda é de R$ 18,7 bilhões em receitas.
Desde o início de 2022, o ritmo das perdas teve uma ascensão dobrada. A média mensal de 2021 era R$ 875 milhões e passou para R$ 1,75 bilhão. No primeiro bimestre, quando o barril do petróleo Brent passou dos US$ 100, a defasagem acumulada dos preços foi de R$ 3,5 bilhões, segundo a Folha de S. Paulo.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), as vendas da Petrobras no mercado local representam 81% do total até fevereiro deste ano, o índice varia mensalmente. Com a alta do petróleo, os importadores não realizaram compras em 2022, principalmente de gasolina.
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As importações que tiveram foram restringidas ao diesel, produto que têm outros fornecedores locais além da Estatal. Até o último ano, eles concentravam cerca de 10% do volume importado de combustível, que circulou principalmente no Norte e no Nordeste.
Segundo o levantamento realizado pela Folha, nos últimos dois anos, a defasagem entre os preços internacionais e os da Petrobras variou entre 30% e 40%, a depender do combustível.
A estimativa foi feita com base em dados publicados pela ANP, seguindo a metodologia da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O levantamento só foi possível em seis estados: São Paulo, Paraná, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Amazonas. Esses locais concentram cerca de 75% do consumo nacional, portanto, no conjunto do país as perdas da Petrobras são maiores.
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