PF apreende celular de Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, em SP

Atualizado em 17 de agosto de 2023 às 0:08
Jair Bolsonaro e o advogado Frederick Wassef. Foto: Reprodução

O advogado Frederick Wassef, que reconheceu ter desembolsado quase US$ 50 mil para readquirir um relógio de luxo que foi vendido de forma irregular por assessores de Jair Bolsonaro, foi alvo de uma busca pessoal autorizada pelo Judiciário na noite de quarta-feira (16).

De acordo com informações de pessoas que acompanharam a operação, Wassef foi encontrado pela Polícia Federal (PF) em um restaurante na cidade de São Paulo e teve seu celular apreendido.

Outras pessoas presentes no local testemunharam o procedimento. Embora Wassef tenha aparentado surpresa, ele não apresentou resistência. Além da apreensão do celular, seu veículo foi submetido a uma busca minuciosa.

Na sexta-feira passada (11), quando a PF deflagrou a operação relacionada à venda e recompra irregular de joias destinadas ao governo brasileiro, Wassef não pôde ser localizado.

Portanto, a busca pessoal realizada nesta quarta-feira foi conduzida para suprir essa lacuna. Até o momento, o blog não conseguiu rastrear o paradeiro do advogado.

O caso

Contextualizando o caso, o relógio de luxo da marca Rolex foi um presente oferecido por autoridades sauditas a Jair Bolsonaro durante uma viagem oficial do ex-presidente à Arábia Saudita e ao Catar, no ano de 2019.

O artefato foi posteriormente levado para os Estados Unidos, para onde Bolsonaro viajou pouco antes de deixar a Presidência. Lá, o relógio foi ilegalmente vendido pelo então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, conforme as investigações da PF indicam.

Em 15 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu um prazo de cinco dias úteis para que Bolsonaro apresentasse ao tribunal um conjunto de joias suíças da marca Chopard, feitas em ouro branco, que haviam sido presenteadas pelo governo da Arábia Saudita durante uma viagem oficial em 2019. A joia em questão foi devolvida.

Após a revelação da existência do relógio Rolex, em março deste ano, assessores do ex-presidente organizaram uma operação para recuperá-lo, e Wassef, de acordo com as investigações, viajou aos Estados Unidos para esse propósito. A PF identificou diversas comunicações entre Wassef e Mauro Cid naquela época e, em 11 de março, Wassef partiu rumo aos Estados Unidos.  Com informações de Daniela Lima, do G1.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link