PF encontra elo entre Cid e neto golpista do ditador Figueiredo que vive nos EUA

Atualizado em 14 de agosto de 2023 às 11:32
Mauro Cid e Paulo Figueiredo Filho. Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) encontrou um elo entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e o neto golpista do ditador João Figueiredo, Paulo Figueiredo Filho. A informação é do colunista Marcelo Godoy, do Estadão.

Ele foi um dos artífices da campanha de difamação montada no fim de 2022 contra os generais do Alto Comando do Exército (ACE). A ação procurava desacreditar e deslegitimar os integrantes do ACE que confrontavam a tal “intervenção militar”.

Ex-sócio de Donald Trump em um projeto que previa a construção de um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, Figueiredo Filho era bastante ativo nas redes sociais em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na página 67 da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deflagrou a Operação Lucas 12:2, aparece a primeira prova da ligação entre Cid e Figueiredo Filho. O trecho descreve a operação para se recuperar o chamado “Kit Ouro Branco”, entregue a Bolsonaro pelos sauditas em uma viagem, em outubro de 2019.

Mauro Cid e o Rolex que a ‘operação resgate’ recuperou nos Estados Unidos. Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado e Acervo Estadão

Em 9 de março de 2023, Cid enviou ao tenente Osmar Crivelatti um arquivo em formato pdf, extraído de uma consulta ao Google Maps. Nele estava destacado o endereço de uma joalheria: a Goldie’s, no complexo Seybold Jewelry Building, em Miami. No local, Cid havia deixado em 14 de junho de 2022 as abotoadoras, o anel e o rosário islâmico para serem expostos à venda.

“Nesse contexto, Mauro Cid envia, ainda, o contato do nome Paulo Figueiredo Filho e o telefone +1 (786) 660-xxxx para Osmar Crivelatti”, diz a PF. O número passado à Crivelatti tem o código de área de Miami, onde o comentarista mora.

Agora, a PF quer saber qual o papel de Figueiredo Filho na “operação de resgate” do Kit Ouro Branco. Por meio dos arquivos no telefone de Crivelatti, a PF busca descobrir mais informações sobre a rede de apoio mobilizada por Bolsonaro e seus assessores para recuperar o Rolex e as demais peças do kit.

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